Importância do Planejamento Forrageiro
Com a chegada da temporada de chuvas, a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) enfatiza a relevância do planejamento forrageiro. Esse planejamento é uma série de ações que visa garantir um suprimento adequado e de qualidade de alimento para os rebanhos durante a entressafra. A pesquisadora Fernanda Gomes alerta que um planejamento deficiente pode resultar em perdas econômicas significativas, diminuir a produtividade e comprometer a preservação ambiental.
“Sem um planejamento bem estruturado, corremos o risco de afetar a segurança alimentar do rebanho, impactar a lucratividade e prejudicar o meio ambiente”, destaca Fernanda Gomes, especialista da Epamig.
Durante o período das chuvas, as plantas forrageiras apresentam o seu maior crescimento, sendo este o momento ideal para garantir um suprimento de qualidade ao longo de todo o ciclo produtivo.
Desafios do Manejo de Pastagens
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A escassez de forragem está frequentemente ligada à degradação das pastagens, que pode ser resultado de um manejo inadequado. “Quando o consumo de pasto excede a capacidade de suporte da área, ocorre o fenômeno do superpastejo, que prejudica a saúde das plantas, reduzindo a área foliar e comprometendo o sistema radicular. Por outro lado, o subpastejo se dá quando a pastagem é deixada passar do ponto ideal, levando ao alongamento do colmo e à perda de qualidade nutricional”, explica a pesquisadora.
Além disso, outros fatores como a falta de reposição de nutrientes, a escolha inadequada de espécies forrageiras e falhas no preparo do solo também podem impactar a produção de forragem.
Como Realizar o Planejamento Eficiente
O planejamento deve incluir a estimativa da quantidade de forragem que será produzida ao longo do ano, considerando tanto as épocas de seca quanto as de chuva, além do consumo dos animais, levando em conta a categoria e o peso de cada grupo. Com base nesses dados, é possível calcular o volume total de forragem produzido e analisar a necessidade de suplementação para cada período, sempre considerando uma margem de segurança.
“A partir desse cálculo, o produtor é capaz de identificar um eventual déficit, por exemplo, de cem toneladas de matéria seca para o período seco, e assim determinar a quantidade de volumoso que precisa ser produzida”, detalha Fernanda.
Os meses de julho e agosto são considerados os mais indicados para realizar esses cálculos, enquanto a estação chuvosa é a ideal para iniciar a produção de forragem.
Preparação para a Seca e Estratégias de Superação
A seca, como sabemos, é um desafio que se repete anualmente. Existem diversas estratégias que podem ser adotadas para enfrentá-la, como a conservação de forragem, o uso de capineiras, canaviais e o diferimento das pastagens. A pesquisadora também ressalta que eventos climáticos extremos, como secas prolongadas e chuvas irregulares, tornam ainda mais crítico o armazenamento de reservas e a adoção de práticas que minimizem os impactos adversos.
Impacto das Pesquisas da Epamig
A Epamig realiza pesquisas focadas na recuperação e manejo sustentável das pastagens, visando melhorias na produtividade e na mitigação de impactos ambientais. Essas iniciativas complementam o planejamento forrageiro e oferecem ferramentas valiosas para fortalecer os sistemas de produção.
Entre os projetos desenvolvidos estão técnicas de cultivo consorciado, estratégias de recuperação de pastagens degradadas, manejo da ensilagem, redução da emissão de gases e métodos para otimizar o desempenho dos ruminantes.
