Avanços Promissores nas Vacinas
A Universidade Federal de Alfenas (Unifal) em Minas Gerais tem se destacado na pesquisa e desenvolvimento de uma tecnologia inovadora que pode aumentar a eficácia das vacinas em até 100 vezes. Utilizando nanopartículas, os pesquisadores conseguiram potencializar a resposta imunológica, permitindo que volumes menores de imunizantes sejam administrados. Essa descoberta é especialmente relevante em cenários de surtos, epidemias ou pandemias, onde a rápida vacinação da população é crucial.
O professor Luiz Felipe Coelho, coordenador da pesquisa e especialista em microbiologia, explica que essa tecnologia, conhecida como adjuvante, melhora a resposta do organismo a estímulos vacinais. “Essa pesquisa vem sendo desenvolvida há 10 anos, e chegamos a uma formulação que, quando adicionada às vacinas, tem o potencial de amplificar o número de doses disponíveis”, afirma o professor.
O estudo, integrado ao mestrado de Mayra Amoreli da Silveira, focou no vírus causador da mpox, popularmente conhecido como varíola do macaco. Os cientistas desenvolveram uma fórmula de adjuvantes que incorpora nanopartículas da proteína albumina bovina, que contêm uma molécula chamada Poli I:C. Esses componentes foram meticulosamente produzidos e avaliados em laboratório antes de serem aplicados em um protocolo de imunização em camundongos de experimentação.
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Na pesquisa, um grupo de camundongos recebeu doses da vacina 10 e 100 vezes menores que a dose padrão, enquanto outro grupo recebeu a mesma quantidade, mas com o adicional das nanopartículas. Os resultados foram animadores: os camundongos que receberam a nova formulação mostraram um aumento significativo na produção de anticorpos contra o poxvírus. Além disso, os animais vacinados com a tecnologia de nanopartículas apresentaram redução dos sintomas clínicos da infecção, como perda de peso e adoecimento, em comparação aos que não receberam o adjuvante.
Os resultados da pesquisa indicam que essa abordagem de economia de doses pode facilitar uma maior cobertura vacinal, utilizando menos insumos e sendo uma estratégia benéfica em situações emergenciais de saúde pública. O professor Coelho ressalta que, em cenários de surtos, há um desafio constante em vacinar um grande número de pessoas rapidamente, e a nova tecnologia pode suprir essa necessidade, especialmente quando a oferta de vacinas é limitada.
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Fonte: rjnoar.com.br
A pesquisa ainda deve passar por diversas fases de validação em animais e humanos antes de ser considerada para uso pelo Ministério da Saúde. Isso inclui a validação da tecnologia de adjuvante com nanopartículas em diferentes modelos de vacinas e a realização de testes para assegurar que não haja reações adversas associadas ao seu uso. Somente após essas etapas, os ensaios clínicos em humanos poderão ser iniciados.
“Após os testes em animais, nosso próximo passo será investigar a segurança dessa nanopartícula em humanos assim que tivermos o apoio financeiro necessário”, afirma o professor Coelho, ressaltando a importância de garantir a segurança e eficácia dessa inovadora tecnologia antes de uma implementação ampla.
