Minas Gerais Sob Emergência
O estado de Minas Gerais enfrenta uma grave crise ambiental, levando o governo a declarar situação de emergência em razão dos incêndios florestais. Esta decisão, oficializada no Diário Oficial do Estado nesta sexta-feira (24), reflete o impacto severo das queimadas na qualidade do ar local. O novo decreto já está em vigor e permanece ativo por 180 dias.
Com a declaração, os procedimentos relacionados ao uso e manejo do fogo serão realizados de maneira excepcional, permitindo que o estado solicite assistência e recursos do governo federal para ajudar a população atingida pelos incêndios.
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“Declara-se situação de emergência no Estado de Minas Gerais, a partir de 1º de julho de 2025, em função da incidência de incêndios florestais em áreas não protegidas, impactando a qualidade do ar”, menciona o texto assinado pelo vice-governador Mateus Simões.
A situação de emergência é acionada quando um desastre compromete em parte a capacidade de resposta do governo local, indicando que, embora o estado mantenha alguma capacidade de intervenção, precisa de suporte adicional para enfrentar os danos e restabelecer serviços essenciais.
No que diz respeito aos números, Minas Gerais enfrentou um aumento alarmante nos registros de incêndios. Somente entre janeiro e setembro deste ano, o Corpo de Bombeiros contabilizou 18.972 queimadas em vegetação, resultando em uma média de 150 ocorrências diárias em setembro. Para efeito de comparação, o estado havia registrado mais de 24 mil incêndios no ano passado, o que configurou o pior resultado da série histórica.
Além disso, em outubro, um incêndio destruiu uma área de proteção ambiental entre as cidades históricas de Tiradentes e São João del Rei, levando os bombeiros a lutarem contra as chamas por três dias. As suspeitas indicam que o fogo pode ter sido provocado intencionalmente, resultando na queima de 430 hectares, o que equivale a mais de 600 campos de futebol e representa quase 10% da área total afetada, conforme dados do Instituto Estadual de Florestas.
A fumaça e as chamas se espalharam por várias áreas da serra, ameaçando espécies da Mata Atlântica e do Cerrado, além de diversas nascentes. Durante os dias de combate ao incêndio, os danos foram significativos, incluindo:
- 400 hectares na Unidade de Conservação de Proteção Integral, conhecida como Refúgio Estadual de Vidas Silvestres Libélulas da Serra de São José, que abriga campos rupestres e matas de galeria preservadas, além da área de infraestrutura de trilhas;
- 22 hectares na zona de amortecimento, que circunda a Unidade de Conservação, servindo para sua proteção;
- 6 hectares na Área de Proteção Ambiental (APA), especificamente na zona urbano-industrial, na região do Solar da Serra, onde é permitido o uso sustentável dos recursos naturais.
Os incêndios em Minas Gerais, portanto, não apenas afetam a qualidade do ar, mas também comprometem a biodiversidade e a integridade dos ecossistemas locais. A declaração de emergência é um passo importante para mobilizar recursos e garantir que medidas eficazes sejam tomadas para mitigar os danos e proteger o meio ambiente.
