Fardas e Armamentos Apreendidos
A Polícia Militar de Minas Gerais prendeu um grupo suspeito de integrar o Comando Vermelho em Belo Horizonte, onde foram localizadas fardas de uso restrito da PM. Os uniformes pertencem ao Batalhão de Choque, que faz parte do Comando de Missões Especiais da corporação. Esses conjuntos só podem ser adquiridos por lojas credenciadas, mediante apresentação de carteira funcional. A suspeita é de que os fardamentos seriam utilizados em um ataque a rivais do tráfico.
A investigação também aponta que os presos estão envolvidos em tráfico de drogas, porte ilegal de armas e corrupção ativa. A denúncia afirma que eles pertencem a uma facção criminosa ativa em nível nacional e que mantinham um arsenal de armas, drogas e fardas militares. Entre os detidos, está João Paulo da Silva, de 18 anos, filho de um dos cabeças do tráfico local, conhecido como “Cabeção”, que está foragido e possui forte influência no Comando Vermelho, responsável por interligar atividades criminosas entre Minas Gerais e o Rio de Janeiro.
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Conforme o boletim de ocorrência, João Paulo teria assumido o comando do tráfico em Belo Horizonte na ausência do pai. Marlon Nobre Rodrigues de Souza, de 25 anos, foi o segundo preso e admitiu à polícia que guardava as fardas, informando ser funcionário de João Paulo. A defesa de ambos negou as acusações, alegando que eles são trabalhadores. O advogado Washington Xavier defendeu que a investigação deve ser aprofundada para confirmar a veracidade das alegações de envolvimento com o tráfico.
No endereço indicado na denúncia, os policiais encontraram uma bolsa preta contendo três gandolas — uma cáqui e duas camufladas —, cinco calças (duas cáquis e três camufladas), sete capas de colete (seis pretas e uma camuflada), um par de placas balísticas e uma réplica de pistola. Quando a polícia se dirigiu até a residência de Marlon, ele reconheceu ter guardado as fardas e indicou onde as drogas estavam escondidas.
Em seguida, as equipes policiais se deslocaram até a casa de João Paulo, que tentou se esconder no interior do imóvel, mas foi detido em seu quarto. Durante a abordagem, os agentes encontraram um revólver calibre 38 com a numeração raspada, munições e um rádio comunicador. Além disso, foram confiscados um adaptador para conversão de pistolas em submetralhadoras, 14 porções de crack e um bocal quebra-chamas de fuzil.
É importante ressaltar que João Paulo já estava sob liberdade monitorada, utilizando tornozeleira eletrônica, quando foi novamente preso. Ele também foi autuado por tentativa de suborno aos policiais, que alegam ter sido abordados para negociar armas em troca de sua libertação.
