Conflito em obra termina em prisão de policial civil
A Polícia Civil de Minas Gerais efetuou a prisão de um policial civil que disparou contra dois trabalhadores em uma obra localizada no centro de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O incidente ocorreu durante a tarde, e o suspeito foi detido na noite de sexta-feira (17).
Um vídeo chocante mostra Fernando Augusto Diniz, identificado como o atirador, caminhandocom uma arma na mão em um terreno próximo ao local dos disparos (assista ao vídeo acima). Foi encontrado um cartucho de calibre 556 no cenário do crime. De acordo com informações da polícia, os tiros foram disparados após uma desavença relacionada ao proprietário de uma residência vizinha à obra.
A Corregedoria Geral da Polícia Civil informou que Diniz, de 37 anos, foi preso em flagrante por tentativa de homicídio qualificado. Até o momento, não há informações sobre a apreensão da arma utilizada no ataque.
“O suspeito foi enviado para a Casa de Custódia da Polícia Civil, onde aguarda as determinações da Justiça”, declarou a instituição em nota oficial.
Os dois trabalhadores, de 32 e 57 anos, foram socorridos e levados a um hospital; no entanto, até a última atualização desta reportagem, não havia informações sobre suas condições de saúde.
Uma montagem exibe trechos do vídeo em que o policial civil aparece caminhando com a arma de grosso calibre logo após o ataque, na sexta-feira (18) — Foto: Reprodução/TV Globo.
Momentos de Tensão e Ameaça
Durante o depoimento, um dos homens baleados, que se identificou como encarregado da obra, relatou que o policial chegou ao local ameaçando os trabalhadores, mandando-os se deitar no chão. Alguns colaboradores conseguiram escapar, mas Fernando Diniz disparou em direção a eles.
O encarregado foi atingido na perna, mas conseguiu correr até a entrada da obra para solicitar ajuda e acionar a Polícia Militar.
Desavenças com o Vizinhança
Os relatos dos trabalhadores indicam que o autor dos disparos seria, em tese, filho de um morador da casa ao lado da obra, de onde teriam enfrentado constantes ameaças. O pai do policial, que reside na casa vizinha, afirmou às autoridades que já havia registrado um boletim de ocorrência contra a empreiteira responsável pela construção, alegando que a mesma estaria cometendo atos ilícitos.
Entretanto, o boletim de ocorrência relacionado aos disparos não explica quais seriam esses atos ilícitos ou que tipo de desavença existia entre o vizinho, a construtora e os trabalhadores.
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