Nova Lista de Imóveis para Quitação de Dívidas
Os deputados da Assembleia Legislativa de minas gerais concluíram a revisão da lista de imóveis que o governo poderá oferecer à União como parte do pagamento de sua dívida. A versão atual, contendo 209 propriedades, representa uma redução de 40% em relação à proposta inicial apresentada pelo governador Romeu Zema (Novo), que incluía 343 imóveis.
Agora, o texto está pronto para votação final em plenário, com a expectativa de que isso ocorra nos próximos dias. Durante a última análise, dois imóveis foram excluídos: o Patos Tênis Clube, localizado em Patos de Minas, e a área ocupada pela Associação Buritis de Esporte e Cultura (Abesc) em Belo Horizonte.
Além disso, outros quatro imóveis tiveram sua inclusão alterada. A Escola Estadual Jerônimo Pontello, situada em Couto de Magalhães de Minas; propriedades da Fundação Educacional Caio Martins (Fucam) na Fazenda Santa Tereza e na Fazenda Sítio Novo, em Esmeraldas; e a Fazenda São João do Boqueirão, em Riachinho, foram afetadas nesta revisão.
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Proteção ao Patrimônio Mineiro
A deputada Beatriz Cerqueira celebrou as mudanças e enfatizou o compromisso dos deputados em proteger o patrimônio do estado. “Durante todo o processo de tramitação deste projeto, apontamos tecnicamente a inviabilidade da venda de certos imóveis. Como o governo poderia vender o Estadual Central, uma escola de grande importância para Belo Horizonte e para Minas Gerais? Nosso esforço foi retirar imóveis da lista, demonstrando sua relevância para a sociedade e a necessidade de preservá-los”, afirmou.
Antes dessa última rodada de análises, imóveis icônicos de Minas Gerais, como a Cidade Administrativa, que abriga a sede do governo, e o Palácio das Artes, já haviam sido retirados da lista de vendas.
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Imóveis Que Permanecem na Lista
A Assembleia Legislativa confirmou que permanecem listados, entre outros, o Expominas; o Minascentro; o Grande Hotel de Araxá; o Centro Mineiro de Resíduos; o Espaço do Conhecimento UFMG; o Automóvel Clube em Belo Horizonte; o Aeroporto Regional da Zona da Mata; a sede administrativa e área do Parque Nacional Grande Sertão Veredas; além das unidades da Unimontes em Bocaiúva e Manga, no Norte do estado.
Oposição em Ação
Apesar das retiradas, a oposição na Assembleia continua a buscar a exclusão de mais imóveis da lista. Entre os alvos estão o Centro Mineiro de Referência em Resíduos, em Belo Horizonte, e as propriedades da Unimontes, que ainda constam na relação.
Atualmente, Minas Gerais enfrenta uma dívida colossal de aproximadamente R$ 180 bilhões com a União. Desde o mês de maio, o governo tem procurado alternativas para arrecadar cerca de R$ 34 bilhões por meio da venda de ativos e bens do estado, que possam ser utilizados como uma ‘entrada’ no pagamento dessa dívida.
